Certa madrugada de lua em eclipse,
Calendário incerto,
(Talvez fosse Júpiter que projetasse aquela sombra...)
Nasceram os deuses!
Nos deram mel, água, fogo, abrigo,
figo, roda e chave de fenda...!
Numa tarde de horizonte aberto,
Calendário mantido em segredo,
Vieram as possibilidade do poder.
Nasceram os demônios!
Nos deram vinho, jogo de dados, a razão, o sexo,
carne, música e nietzsche...!
Noutra manhã de sol em eclipse,
Já num calendário provável,
Chegou o alfabeto e a contabilidade dos rebanhos.
Nasceram banqueiros e historiadores!
Nos deram moeda, couro, chips, circo,
idioma, nação e o tempo...!
Agora, na ampla noite, nos resta apenas as pornografias...
Grotescos rascunhos dos que nasceram e morreram.
Nos resta apenas religião, matemática, marxismo,
lixo industrial, a moral e os ossos...
... daqueles mortos que nunca enterramos!
Cer9!
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