segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Contextura


Não somos aqilo qe acreditamos ser
uma permissão das estrelas
Somos aqilo qe o universo almeja
mas não ousa!
Então cabe a nós a força pra sefazer existir
Se impregnar emcarne fazersangue neurônio feto
Construir linguagem xamanismo e ciberspaço

Há muita covardia nos deuses
eles lá - ejaculando sementes no ventre do caos
e nós aqi pregando cravos nos pés de qem nos amava

Somosnós qe suportamos a indiferença dos vermes
Que seduzimos e jogamos pra copular, pra procriar
Cuspidos de úteros – um parto é coisa demasiada brutal.
Toda nossa filosofia é força pra se impor
Toda nossa mística é guerra pra se fazer compreender
Toda nossa economia é trincheira contra a escassez
Toda nossa psicopatia é horror ao fim
Nossa inteligência é estratégia pra subjulgar a possibilidade da insignificância

Tudo isso praqe?
Pra se vingar dos deuses?
Mas nós já os matamos
Então porq ainda lateja essa fome de existir?


Somosnós que fecundamos os corpos
Com a violência do sexo
Que moldamos as mentes
Com a força das regras
Que martelamos nossa pele no não-existir
Textura órgãos ossos nervos fome e cio

Cada corpo é um nó tecendo o nós
Cada corpo é um nó tecendo o nós

Explodimos as pedras, pintamos os quadros de guerra, doutrinamos as crianças, cravamos bandeiras na lua
E tudoisso praqe?
pra sefazer existir - pra ousar - pra gozar
Sóisso nadamais

Nenhum comentário: