segunda-feira, 10 de setembro de 2012





O escravo olhando o senhor:
- o medo que sinto dele
- Acredito que ele me protege
- É dono de meu destino, sim
- sem ele, como ia ter trabalho??

Pensar a liberdade dói na carne
Queima as plantações, faz ruir as fabricas
A mente vazia das imagens programadas
Possibilidade de tortura, de luta, de pólvora
Vida sem o senhor
Vida de duvida

O Senhor maltrata o corpo do escravo
E o escravo limpa o sangue da camisa do Senhor...

E quando se tem crença...?
Crença é coisa da kbeça mas molda mãos armadas
Crença é idéia que se solidifica no espaçotempo
Governa as mentes
Crença é tijolo, pedra, planta arqitetonica
Uma abstração que constrói piramides e muralhas
Crença é coisa que não se desfaz com chuva
Não se liberta aquele que crê
É por causa da crença que se constroi o senhor
Porqe se acredita que deve existir um senhor
e se constroi escravo
Acredita que é assim, deve ser, qe não há outro mundo
Crença como um bloco deslocado do poema
O escravo olhando o senhor:
- será que não servi o suficiente?
- pisei a uva, fabriquei seu vinho
- se ele não gosta, como ter abrigo?

O senhor esta bebo
O senhor maltrata o sexo do escravo
E o escravo limpa o semen da camisa do senhor...

Nenhum comentário: